Desde muito tempo antes desse dia, eu ouço muito falar sobre o amor, o
primeiro amor – aquele da infância, aquele
que muitos de nós, inclusive eu, descobrimos na escola, por volta dos sete
anos, aquele menino que queremos ver, brincar, trocar caneta – era assim na
minha época, espero que continue sendo muito próximo disso nos dias atuais,
porque hoje, criança mal consegue sentar e ganha o celular dos pais para ver
desenho e deixá-los conversar um pouco. Ah, esse amor que acontece na escola,
quando fazemos nosso ingresso no mundo das relações, com mais propriedade.
Depois, um tempo depois vem o amor da adolescência, aquele que a melhor
amiga sabe quem é, o melhor amigo sabe,
aquele que as vezes todo mundo sabe e queremos todos esconder, aquele
amor cheio de curiosidades, cheio de novos interesses.
Vamos crescendo e o amor continua no centro dos nossos desejos.
O relacionamento passa a ocupar um lugar mais importante nas nossas
vidas.
Vem agora o amor mais adulto, o amor dos desejos maiores - das fantasias, da descoberta do desejo do casamento, do desejo futuro.
Aqui começa definitivamente as relações, com o encantamento do que cada
um quer encontrar
no seu parceiro, seja qual for o caminho que esse jeito novo de olhar as relações possa levar cada um, é para esse lugar que
inevitavelmente todos nós iremos.
E aquele amor que acontece quando não se está procurando, quando está
por aí, pela vida, pelos caminhos da própria história?
- Então nesse momento podem ocorrer encontros.
Como são ou serão esses encontros?
São de idealizações, são dos sonhos desejados, são das fantasias?
Não sabemos exatamente como serão os encontros, serão encontros para
serem vividos, experimentados e construídos ao longo dos dias, ao longo das
semanas, ao longo do longo tempo que é o tempo.
Janeiro muito frio de 2018.